Antônio Balbino Neto

O diretor presidente da Companhia Sertaneja, Antônio Balbino de Carvalho Neto, expressa seu prazer em colaborar com a iniciativa de resgatar a história da região Oeste, que apesar de um rápido crescimento recente, possui uma rica tradição. A Companhia Sertaneja, fundada nas décadas de 1920-1930, tem uma longa história e tem se expandido para outras regiões do Brasil, incorporando projetos pecuários desenvolvidos pela família.

O entrevistado destaca que o pioneirismo na ocupação do Oeste da Bahia não foi diferente das demais regiões do Brasil, com iniciativas voltadas para a criação de gado e a expansão da pecuária. Ele menciona a importância histórica de Barreiras, que tinha uma conexão vital através do rio Grande, facilitando o comércio na ausência de estradas.

Os pioneiros da Companhia Sertaneja, como Geraldo Rocha e o coronel Antônio Balbino, vieram de Barra, e sua visão empreendedora impulsionou avanços na região, como a produção de energia elétrica que atendia tanto a cidade quanto a indústria. Durante os períodos de guerra, a Companhia Sertaneja também contribuiu com o fornecimento de carne através do aeroporto local.

O entrevistado ressalta que a região evoluiu, passando de atividades de beneficiamento de arroz para a produção de grãos, com a chegada de agricultores principalmente do Sul do país. Esse progresso fortaleceu a região como um polo de fronteira agrícola, impulsionado pela cooperação entre instituições como a Embrapa e a criação de pesquisas próprias pelos produtores. O espírito cooperativista vindo do Sul também contribuiu para o desenvolvimento agrícola. Hoje, a pecuária complementa a produção de grãos, aumentando a renda e a importância econômica da região como um todo.

É evidente que o progresso não aconteceu da noite para o dia. Figuras como Geraldo Rocha já estavam pensando à frente, explorando cruzamentos de gado Angus e buscando maneiras de melhorar os resultados econômicos. A região não estava vazia de conhecimento e ambição; pelo contrário, a história é rica em exemplos de pioneirismo e iniciativa. As lições do passado continuam a impulsionar o desenvolvimento sustentável, com indivíduos e grupos de interesse buscando constantemente novas soluções para desafios agrícolas.

A trajetória pioneira e visionária da Companhia Sertaneja, liderada por figuras como Antônio Balbino de Carvalho Neto, desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento e na transformação da região do Oeste da Bahia. Ao conversarmos com o Sr. Antônio Balbino, somos conduzidos por uma viagem no tempo, explorando o passado rico e multifacetado que deu forma à paisagem agrícola e pecuária da região.

O Sr. Antônio Balbino compartilha como a Sertaneja surgiu entre 1920-1930, uma companhia quase centenária que desempenhou um papel crucial no desbravamento de terras e na promoção de tecnologias inovadoras. Essa pioneira empresa se estabeleceu como um farol, iluminando o caminho para outras atividades agrícolas e pecuárias que posteriormente floresceram na região.

A conversa revela a interconexão entre a pecuária e a agricultura, demonstrando como essas atividades coexistiram e se complementaram ao longo dos anos. A Sertaneja não apenas abriu caminhos para o desenvolvimento, mas também atuou como uma plataforma que atraiu investidores e visionários de outras regiões do Brasil. Ao trazer tecnologias pioneiras e almejar uma visão além de seu tempo, a empresa estimulou um ambiente propício para a exploração e o crescimento.

A importância estratégica da região de Barreiras, com suas ligações fluviais pelo Rio Grande, também é destacada. O Sr. Antônio Balbino relata como a produção de energia elétrica pela Sertaneja, além de beneficiar a cidade, impulsionou a atividade industrial e criou um elo crucial para a comercialização, especialmente em tempos desafiadores, como durante a guerra.

As narrativas do Sr. Antônio também revelam a adaptação constante e a resiliência necessárias para lidar com as mudanças nas tendências econômicas e nas tecnologias. Ele observa como a agricultura e a pecuária na região foram moldadas por pioneiros que enfrentaram desafios e riscos significativos. A Sertaneja, ao desbravar terras e atrair investidores, serviu como uma espécie de farol que guiou o progresso e incentivou a exploração de novas culturas e técnicas.

A entrevista continua com uma reflexão sobre o papel continuado da Sertaneja na evolução da região. Antônio Balbino destaca como a empresa não apenas abriu fronteiras, mas também influenciou o cenário agrícola em constante transformação. Com uma visão de futuro, ele aponta para a possibilidade de explorar novas culturas, como o cacau e a banana, que poderiam ser os novos pioneiros em uma jornada de diversificação.

A história da Sertaneja, sob a perspectiva do senhor Antônio Balbino, destaca elementos que permearam a essência pioneira e visionária da empresa ao longo dos anos. A capacidade de enxergar oportunidades em cenários aparentemente desafiadores, especialmente em uma região como o Oeste da Bahia, foi fundamental para o desenvolvimento da Sertaneja. Essa visão audaciosa permitiu à empresa acreditar na potencialidade onde outros não viam, uma característica intrínseca ao DNA da Sertaneja.

A trajetória de sucesso da empresa se entrelaça com a perseverança de seus fundadores e diretores, que não apenas buscaram expandir suas atividades em novos territórios, mas também desbravaram fronteiras antes inexploradas. A essência visionária da Sertaneja reside na capacidade de antecipar as necessidades futuras e encontrar maneiras de atrair e incentivar outros a adotarem um caminho promissor. 

Ao longo dos anos, a Sertaneja enfrentou inúmeras transformações e reinvenções para se manter competitiva no mercado agrícola. A capacidade de se ajustar a novos modelos de produção, adotar tecnologias avançadas e explorar parcerias estratégicas foi essencial para sua sobrevivência e crescimento contínuo. A empresa se manteve atenta às oscilações políticas e econômicas, adaptando-se para se destacar em um ambiente globalizado e altamente competitivo.

A visão de longo prazo é um traço marcante da cultura da Sertaneja. A capacidade de planejar e investir em empreendimentos agrícolas de grande porte, como a pecuária e o cultivo de commodities como soja, milho e algodão, demonstra o compromisso da empresa em contribuir para a produção e o fornecimento de alimentos em escala global. A Sertaneja não apenas acompanhou as mudanças tecnológicas e de mercado, mas também as influenciou, atuando como um agente de transformação em seu setor.

Para a nova geração de pecuaristas e agricultores, o senhor Antônio Balbino transmite uma mensagem de dedicação, determinação e busca incessante pelo conhecimento. Ele enfatiza a necessidade de olhar para o presente com foco no futuro, destacando a importância de se manter atualizado e atento às demandas do mercado. Com sua formação agronômica, ele acredita na produção como base e na exploração do potencial da terra e das tecnologias para impulsionar o setor agropecuário.

O senhor Antônio Balbino também destaca que a sobrevivência e o sucesso no campo não são garantidos, exigindo um esforço constante e a disposição para se adaptar às mudanças. Ele compartilha a perspectiva de que, mesmo diante de desafios e incertezas, o comprometimento e a determinação são essenciais para se manter competitivo e prosperar no cenário agropecuário.

A entrevista ressalta a importância histórica da Sertaneja como pioneira na abertura de fronteiras agrícolas na região do Oeste da Bahia. O legado da empresa é evidenciado não apenas na produção, mas também na capacidade de criar caminhos para o futuro, proporcionando uma base sólida para as gerações seguintes continuarem a jornada de desenvolvimento e progresso no agronegócio. A Sertaneja, como protagonista desse cenário, estabelece uma narrativa de perseverança, inovação e visão de longo prazo que serve de inspiração para as gerações futuras que continuarão a moldar o futuro do setor agropecuário na região.

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